Quanto ao único texto em que se exigia um pouco mais do que “copy-past”,
a cartela sobre a Anta do Monte das Figueiras, é um bom exemplo da
capacidade de análise e de interpretação da autora.
Para além de ter optado por uma fazer uma versão (pouco)
adaptada do Relatório de Escavação, feito uns anos antes, apresenta uma
interpretação do sítio completamente inaceitável, face aos dados entretanto
surgidos.
Em síntese, na escavação do monumento, muito destruído,
foram registados alguns materiais da Idade do Ferro.
A autora interpretou o facto como sendo uma destruição do
monumento na Idade do Ferro.
Ora, uns anos depois da dita escavação, foi
escavada uma sepulturamegalítica do mesmo tipo, na região, em que se confirmou, sem
sombra para dúvidas, que o monumento, construído como era suposto no Neolítico,
tinha sido reutilizado na Idade do Ferro. Reutilizado, mas não destruído.
O mais interessante é que o Relatório de Escavação deste monumento, particularmente bem conservado em termos estruturais e estyratigráficos, foi assinado pela Leonor Rocha.
Quando lhe chamei a atenção para o disparate desse texto,
respondeu-me que o dera a ler a alguém doutorado, que o tinha achado bom.
Aceitam-se apostas sobre quem seria este ilustre “doutor”…
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